domingo, 24 de outubro de 2010

Ninho, construção com tijolos e telhas usadas

Depois de testar vários materiais, essa equação parece razoável.  Ainda, talvez, o único problema seja a 'altura'.
É ruim para conferir ovos, olhar a choca, etc.  Quando o clima está seco, ainda vai, é só a coluna aguentar, mas quando chove e fica molhado.... ah! aí sim a coisa complica.  Até daria para fazer mais alto, creio que eles se adaptariam, mas a instalação teria um custo muito maior.
As medidas internas usadas foram: 51cm profundidade e 44cm de largo.  Assim vc pode usar duas telhas sobre duas ripas de madeira.  Uma ripa no meio e outra na frente para dar suporte nas portas.  Atrás vc apoia no tijolo.  Não é necessário usar goivas ou massa para chumbar, exceto nas laterais onde ficam dois pequenos espaços e eventualmente um bicho poderia entrar por ali; isso no caso de ter uma porta trancando a frente.
Por que ter porta na frente:
  • caso vc opte por manter a choca com os patinhos, à noite é que a ratazana vem atacá-los.
Na próxima foto, tirei as telhas para se ter uma idéia melhor:

Patos domésticos III

Estamos nos primeiros dias de outubro/10, com dias nublados e molhados, com temperaturas variando de 10 a 25º C.  Os patinhos novos sofrem e muitos morrem sem um sintoma definido.  Assim, toda a atenção que puder ser dispensada a eles evitará mortes.  Os mais novos tem instalação adequada para eles,

mas não é o suficiente.  Assim, providenciei uma caixa plástica, dessas grandes, fechei as aberturas (quase todas), instalei uma lâmpada de 40w com a devida alimentação, como pode ser vista na foto seguinte.
devo fazer uma tampa com isopor em duas partes.
Na parte inferior um saco de ráfia e bandeija de inox - lateral cxas de TetraPak
Água em pote pequeno para não entrarem - quirela c/farelo - Serralha
Foi de improviso.  Estão na caixa, cerca de 16 filhotes.  Houve somente uma morte. Um maior reagiu com o uso de Avitrim (anti-biótico).  Tem um menorzinho ainda em fase de fortalecimento.  Há custo da atenção.  Cada 3 horas é necessário olhar e repor comida.  Bebem muita água.
chegam a ficar coladinhos na lâmpada.  Importa é ficar aquecido.  Logo chega a primavera e espero as temperaturas mais altas, mas para o próximo inverno, penso em algo mais térmico para colocar sobre o solo de cimento; talvez um emborrachado que é mais fácil de limpar.

Falando em solo de cimento, creio que os ninhos deverão ter esse ítem como obrigatório.  Vejam na foto abaixo o que aconteceu.
Temos sofrido ataque de ratazanas (aqueles ratões bravos com rabo comprido - cerca de 20cm). Veja o buraco que fez por debaixo do ninho.  Lançou vários ovos fora. Ao ter acesso ao ninho, por dentro, os ovos caíam e eram empurrados para fora; não comeu.  Creio que procurava por filhotes.  Tenho colocado muitos envelopes de veneno debaixo de goivas de telha.  O veneno está sendo consumido, mas parece que há uma grande família de ratazanas na nossa região.
Se você tiver dicas a respeito, agradeço.

atualização em outubro/2010 - instalações

Creio qye chegamos em um padrão novo de ninhos

Quero-quero

Essas aves gostam de avisar que estão por perto com sua voz estridente. Temos um cão (Dauschund) chamado Cacau que não os deixa fazer ninho na propriedade, mas isso não impede que eles sejam nossos 'amigos'.  Hoje eles alimentam-se junto dos patos (dentro do cercado).
Quero detalhar um pouco a experiência do filhote.  Muito difícil de ser presenciado já que é um mestre em camuflagem. 
O ninho dos quero-quero fica ao chão. Esse é o primeiro ponto enigmático; por que não em uma árvore ?
Quando ameaçados, a fêmea sai do ninho e com o macho ficam cerca de 3 a 4 metros longe, tentando enganar quem queira chegar até os ovos.  Porém, ao observá-los bastante, deduz-se mais ou menos onde está e pode-se sair à procura, evidentemente bem protegido, pois é a hora do ataque aéreo.  Vc pode ver num post antigo e aqui segue um detalhe, eles tem um esporão na asa.
É um verdadeiro ataque.  Há quem já foi atingido e creio que deve doer muito. Assim dou uma dica.  Coloque algo acima da cabeça, como uma vassoura ou um galho, o que for melhor.  Ele fica neutralizado, mas não baixe a 'guarda' pois ele pode surpreender.  Os dois atacam juntos; é uma aventura tirar umas fotos do filhote.  Faltava eles lançarem umas 'granadas' lá de cima, se é que vc me entende...

Relembrando segue o ninho:
agora vejam ela sentada sobre os ovos:

Quando o(s) filhote nasce, aí eles ficam mais protetores do que antes. Usam táticas para despistar quem quer localizar a cria.  Voam para um outro lugar e  quando vc chega lá eles te atacam como se estivesse realmente oferecendo perigo, mas na verdade estão te levando para longe do ponto.
Descoberta a trapaça, conseguimos identificar, pelo menos um. Uma graça. Quando vc se aproxima, os pais avisam e ele se enfia na grama ficamdo muito bem camuflado.  Acho que foi com ele que os militares aprenderam e desenvolveram aquela roupa esverdeda/acizentada.  Aqui vc ve com certa facilidade, mas no campo é muito difícil.
Assim creio que pude tornar um pouco mais conhecida a história dessa ave que pelo menos aqui no Brasil, está tornando-se bastante urbana.  Encerro com um olhar muito carinhoso.

Bem que ele podia ter um canto mais melodioso....

Sabiás - ninho no limoeiro

 Foi um privilégio acompanhar durante um mês do surgimento dos ovos até o momento da independência. Percebi que quando chegava próximo do limoeiro, que está o lado da casa de meu pai, o sabiá voava.  Desconfiado, fui conferir e lá estava o ninho já com os 3 ovos.  Não sei o que aconteceu com o primeiro que sumiu.  Um segundo simplesmente 'gorou'.
De cor azulada e manchas em marrom, é um belo ovo.

 14 nov - Ninho pé de limão

14 nov - 

20 nov -
 

 21 nov - aqui  com efeito da luz solar, parece que tem mais penugem.

 25 nov -

29 nov -  nessa idade eles mandam ver nas minhocas.  É só a mãe aparecer que eles engolem.  Veja detalhe da sujeira no bico dele.

01/dez - aqui nosso amigo começa a arrumar cobertura.

05/dez -  já com penas fica a expectativa de quando sairá.

12 de dezembro/09 - Assustado com nossa visita ele saiu do ninho, mas ainda sem a destreza para o vôo; assim, com os cães por perto, o colocamos numa gaiola onde a mãe o alimentava.  Depois de uma semana deixamos eles seguirem seu caminho. Foram 30 dias de aventura.
Se vc perguntar, eu figo que valeu muito !!!

Rolinhas - ninho / outubro-2010


Já postei um  tempo atrás quando elas faziam ninho na sacada do sobrado onde eu morava.  Agora, morando na área rural tenho contato com muito mais aves, mas dessa vez é um ninho de rolas que posto.  Estamos em outubro; sinceramente não sei se elas procriam em outras épocas, mas pela aparência dos filhotes eles são bem novinhos.

sábado, 2 de outubro de 2010

Patos domésticos II - Instalações

No início valia tudo.  Foi caixa de geladeira (parte interna de lata), pedaços de telha amianto 4mm, casa de cão (essa ainda está, pois dentro dela tem uma choca), teto com restos de forro de madeira, etc.
Os mais antigos diziam que o pato gosta de ambientes próximos ao chão e assim estamos dirigindo as novas idéias.  É um pouco ruim para o manuseio, pois temos que nos agachar.
Pensando nesse desconforto do funcionário, penso em fazer os próximos ninhos com a frente mais alta ou algo articulável; vamos ver.
O material reutilizável tem a vantagem de um custo baixo, próximo de zero, mas tem muitos inconvenientes.  Talvez se eu tivesse Bambu na propriedade, poderia ser um material.   Trouxe um pouco do norte do Paraná, daquele bambu grosso (cerca de 12cm de diâmetro) e estou usando para cochos.
Creio que o bambu serve para quase toda a instalação, desde cerca, portão, paredes, tetos, ninhos.

Esse sombreiro, por exemplo, seria muito fácil sua construção já que ele (bambu) é leve.  Eu fiz com madeira branca, daquela que apodrece com mais facilidade.  Gostei do formato dessa construção e comporta muitas aves debaixo dela quando o sol está muito forte.  Os patos precisam de sombra.  Quando há sol, em determinado hora do dia, vc não encontra pato fora de uma sombra.
Aqui dá para ter una pequena idéia da maternidade em dois ambientes (tem um terceiro).  Toda a área (inclusive as internas) é cercada com tela miúda na altura de 1m.  Isso foi suficiente.  Só tivemos caso de patas que voaram para fora, mas já pela manhã, no horário do alimento, ela estava próxima da cerca esperando para entrar.  Aquela que se comportasse dessa forma, tinha as penas de uma das asas cortada.  Vi em algum lugar (sobre galinhas) que era melhor arrancar, mas da pata não consegui.  Faz muito tempo que não ocorre esse tipo de fuga. 
Sobre a maternidade fizemos uma cruz com tela, para evitar a ção de gaviões - decisão acertada.  Eles nem tentam.  Em cada espaço tem um abrigo feito com tijolos assentados com massa 3x1 e tela miúda abaixo da telha.  A porta (removível) é de madeira fechando toda a entrada, dificultando o acesso de algum predador, principalmente à noite.  As ratazanas tem hábito noturno e foi até agora o único que apareceu.
O principal acesso dos roedores tem sido por baixo da tela.  Uma cadela nossa de porte pequeno também descobriu esse truque, enfiando o focinho por baixo da tela.
Assim, além de fixar com ferro de construção, é necessário checar todo o perímetro de forma rotineira.  Nossos cães entram no ambiente e não mexem com os patos, mas não tenho certeza se teriam o mesmo comportamento junto dos patinhos, uma vez que devem associá-los com os pássaros que caçam rotineiramente.
Creio que um incremento nessa instalação seria um piso de cimento, o que facilitaria a limpeza como  drenagem, pois poderia ter tela e sucos para permitir que a água escoe.
Escrevendo, agora, pensei em ter o abrigo mais elevando do chão, com uma rampa, o que facilitaria o processo do manuseio.
Tenho deixado os filhotes somente um dia com as mães.  Depois disso eles vão para a maternidade juntar-se com os irmãos e primos.  Elas olham de fora da maternidade até o tempo em que começam a botar.
Percebi que as mães aquecem seus filhotes, ensina-os a comer e beber, a nadar e certamnte mais alguma coisa, mas que os irmãos mais velhos já sabem.   Por isso tem dado certo.
As mães são meio 'estabanadas' e pisam em suas crias, deixam-nas largadas no meio dos outros adultos que bicam os pequeninos e por aí afora. Largados.  Poucas mães cuidam com esmero.
No início, pensando na questão do frio, deixava a mãe na maternidade com os filhotes, mas quando nascem muitos, aí complicou já que há espaço para somente três.   Chegamos a ter mais de 50 filhotes.
A Imcubadeira já foi cogitada e está em stand by.  Parece ser uma boa estratégia, já que perdemos muitos ovos.   Porém vai requerer mais cuidado, mas tempo nosso.
O cocho não pode ser muito alto.  Tive que colocar uma madeira fazendo um degrau ao lado o que facilitou o acesso das avezinhas.  Tenho servido farelo de trigo com quirela bem moída (quase um fubá).   Como eles ficam fechados, precisam de verde constantemente e devoram tudo o que for colocado, principalmente aquilo que eles estão habituados.  Aqui é couve, alface, serralha, espinafre, dente de leão.  Quando falta o verde, eles atacam os pés de inhame que existe onde passa a água.  Vai talo, folha, batata. Vejam pela foto seguinte os restos da vegetação ofertada.

Patos domésticos

 A criação de patos (ainda pequena) parece algo desafiador, pois as informações são fragmentadas e muito variadas, uma vez que há raças, regiões e climas diferentes, além de objetivos variados.
Começamos a criação por acaso com informações de alguns criadores e internet.  Hoje já aprendemos um pouco.  Perdemos muitas crias e esperamos poder chegar num índice de aproveitamento perto de 90%.  Estamos aproveitando ao máximo material já usado para a confecção dos ninhos e instalações.  Usamos água vinda de uma pequena nascente, mas que não para de correr mesmo em longa estiagem.  Assim, eles tem água de excelente qualidade. Foi muito importante ter aprendido (acho que alguém da Embrapa) que os filhotes novos não devem ter muito contato com água - realmente perdemos alguns em função disso.  Entupiu o cano de saída, criou-se uma piscina em um dia frio.  Foi uma combinação ruim onde alguns não aguentaram.  Isso faz-me planejar uma instação com aquecimento para dias frios, mas para levar energia elétrica até eles, vou precisar investir em fio (compensa ?). Talvez em separado.  Hoje coloquei alguns mais novos (chuva e frio) dentro de uma caixa de papelão, com comida e água + verde.  Instalei uma lâmpada de 40 Watts que deixou o lugar bem agradável.  Quando parar a chuva, desligo a lâmpada e só depois de um tempo os levarei para o ambiente natural.


Assim entulhei um material sobre a água (foto acima) para permitir somente que bebem-na e não tenham contato demasiado com ela.  Segundo informação pesquisada, até 15 dias, esses patinhos não possuem uma camada de penugem que os protegem do frio.  Os mais velhos já não tem essa dificuldade e no seu espaço eles tem água à disposição.  Mesmo assim acidentes acontecem, como o que ocorreu num dia chuvoso e frio, quando um patinho enroscou sua para num capim que engenhosamente a prendeu em outro ramo.  Imobilizado e totalmente molhado, acabou morrendo,  Uma pena, pois era uma cria já com bom tamanho. Percebi que a colocação de folhas de jornal para os novos é uma boa opção para absorver o excesso de umidade que eles carregam para dentro do abrigo.  Qua dá trabalho, isso dá.


Estamos no processo de identificarmos um tipo de ninho que combine conforto, produção e custo baixo com
visual agradável ao ambiente.


num próximo post vou abordar as instações.