sábado, 14 de junho de 2008

Lixo, cidade limpa....

Moro desde 1970 em Curitiba, Pr, Brasil.
Curitiba destacou-se pela coleta seletiva de lixo, creio que lá pelos anos '80. Mas, hoje, ano de 2008, eu ainda fico impressionado com o material que é jogado ao chão, pelas pessoas. No centro da cidade existe o trabalho dos "garis", aquelas pessoas com um uniforme de cor alaranjada, empurrando um carrinho de mão, cuja atividade não deixa aparecer a sujeira que ainda é deixada pela população. Algum visitante poderia ficar impressionado com a limpeza no centro da cidade, mas nós aqui sabemos que não é só um cuidado do cidadão, mas muito mais a atividade dos garis. Na periferia também existe uma limpeza da prefeitura, embora eu nunca tenha visto, eu sei que há, pois "repentinamente" desaparece a sujeira nos pontos de parada dos ônibus coletivos, nos terrenos "baldios", em locais desertos...
É algo triste! Hoje eu reparava nos objetos, na maioria associados com a alimentação. Embalagens de balas, chocolates, sucos, cigarros.... Na sua maioria, embalagens plásticas que sabemos demoram muitos anos até serem assimiladas pelo meio ambiente.
É algo feio. Empobrece a paisagem. Creio que isso só pode ser uma insensibilidade da pessoa, que não consegue ver o ato em si, de deixar cair um papel, pisá-lo e não refletir sobre isso. Hoje, na minha frente, uma mulher colocou algo na boca e dispensou o papel que caiu, isso na maior normalidade... E aquele que joga uma garrafa de vidro no chão para vê-la ficar espatifada.... um objeto que não vai ser deteriorado, ao menos que alguém o esmiuce para que ele fique no meio ambiente mais parecido com aquilo que ele era, antes de vir a ser vidro... É perigoso....
Vendo esses atos, volto ao ponto que acho central: o ser humano. Deus fala na Bíblia que ele (ser humano) é mau; que tem dentro de si os mais cruéis instintos assim como vontades obscuras, secretas, muitas das quais nem mesmo ele tem consciência.
O mundo ao meu redor é melhor, é bom, a medida em que eu me disponha a contribuir para que isso aconteça. Não adianta ser ecologista "bocó"; precisa ser prático.
Eu vejo pessoas saírem para passear com seus "cães" e levam sacolas plásticas para embalar os dejetos caninos ao longo da caminhada.... mas a maioria não o faz.... disfarçam e fazem que não vêem o que foi e aonde foi feito pelo seu animal...
Certamente elas se "acham" muito mais espertas que as primeiras...
Assim como esse, temos muitos exemplos de lidarmos com os dejetos da sociedade, seja do micro ao macro, seja do papel de bala de uma criança ou de um governo com o lixo radiativo...
Mude você! Aqueles que estão próximos, certamente serão influenciados por isso !!!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Milho de pipoca


Lá pelos anos '70 eu ainda era um menino (hoje sou um meninão de 51), tinha um hábito muito saudável que cultivo até hoje. Estourar milho de pipoca !!!
Sempre gostei muito de Pipoca. Aqui no Sul do Brasil chamamos assim o milho de pipoca "estourado" na panela. Creio que por todo o Brasil.
Já fiz pipoca no meio da brasa com cinza..... quando se é criança, tudo é festa !
Quem é daquela época sabe como era difícil fazer uma boa pipoca. Cada um tentava uma nova técnica para melhorar a estourada e a qualidade dela....
Os grãos tinham uma ponta afiada quase que como um espinho... tínhamos que debulhar a espiga, deixar secar bem...
Eu pelo menos, ficava de olho no pipoqueiro e cobiçava uma panela daquelas que tinha um cabinho para girar os grãos, sem tirá-la do lugar.
Já adulto, vi surgir no mercado a "pop corn" vinda dos EUA e o milho Argentino, que continua a vir até hoje (uma barbaridade isso !), além do milho de Goiás que andou aparecendo aqui em Curitiba. Não ouvi mais falar dele.
Depois apareceu por aqui e continua até hoje, a pipoca para microondas. Nossa que revolução !!! Até que cansou e voltamos ao método tradicional, muito mais saboroso.
Hoje com tantos anos de experiência, consigo fazer uma boa estourada de milho de pipoca. Uma boa dica é usar óleo de Milho; fica mais macia que Canola. Você deve saber que estoura-se pipoca até com margarina.... mas....
Quando chegaram os primeiros fornos de microondas, eu trabalhava na Philips e eles trouxeram alguns da Itália para testes. Faziam bolos, assados, etc. Como ele ficava no departamento em que eu trabalhava, logo o pessoal foi perdendo o interesse nele (isso em 1975). Um belo dia eu tive a grande idéia de estourar pipoca nele... Eu estava só, o pessoal viajou... Imagine!
Peguei um cinzeiro de vidro (bem grosso; devia pegar 1kg), coloquei alguns grãos ali (só os grãos, sem óleo) e liguei o "trem". Passou um tempo e nada. Mandei ver "novamente" umas três vezes. Na quarta o cinzeiro explodiu !!! E os grãos, você pergunta? Continuaram intactos !!! Não sentiram falta do cinzeiro-ufa! Nunca mais mexi naquele forno. Se eu soubesse lá, o que sei hoje, teria estourado muita pipoca em microondas. Teria me tornado um pioneiro; pelo menos no Brasil; foi por muito pouco.
Na minha infância eu convivi com um milho escuro, cujo grão estourado produz uma pipoca miúda, mas com um sabor inigualável.
Tentei de várias formas preservar isso e tive muitas dificuldades, pois sempre dependia de terceiros. Agora que meu pai mora na minha chácara com sua mulher Maria (minha segunda mãe Maria), eu consegui com a ajuda dela, plantar e colher. Foi pouco, mas dá para dar continuidade e não perder de vez essa herança das terras brasileiras.

Imbuia, árvore nativa do Brasil

Ocotea Porosa = Imbuia

No Brasil até os anos '80, fabricava-se muitos móveis com madeira de Imbuia [principalmente no norte do estado de Santa Catarina], mas próximo de 1990 começaram a surgir os móveis mais claros, usando-se lâmina de Cerejeira, Mogno, Marfim...
A Imbuia, um tipo de Canela, com o passar do tempo escurecia. Chegava mesmo a ficar preta. Aqui no Sul tínhamos uma grande empresa, e ao que me parece era uma bela empresa, exportadora, chamada de CIMO. Aindo tenho cadeiras com o encosto encurvado [compensado] produzidas naquele tempo.

O mercado começou a ser pressionado pela proibição na extração desse tipo de madeira, como pela preferência do consumidor em móveis de tom mais claro, o que deixava o ambiente mais "leve".
Muitas pessoas tem-na com carinho especial. Sua raiz contorcida [rádica] foi usada para móveis mais "nobres" ou aqueles de custo mais elevado, já que era algo mais "artístico". Tinha sua cotação em "US$ dólar", o que dava um status ao material.
Até pouco tempo atrás (estamos em 2008 - isso lá por 2002) ainda tirava-se Imbuia ali pelas bandas de Guarapuava-Pr.
Cheguei a ver árvores centenárias, onde eram mencessárias várias pessoas para juntos "abraçá-la". Em Rio Negrinho-SC, vi muitos troncos no campo (pasto), cujo tamanho tiravam "suspiros" de quem os via, principalmente quando se é alguém que valoriza a vegetação e espécies tão especiais. Aquilo eram árvores muito antigas, muito grossas. Os proprietários do local, montaram um forno e estavam fazendo carvão das raízes....Hoje ali existe um reflorestamento de Pinus.
Em Curitiba-PR (onde resido), há um bairro (onde moro), chamado: Capão da Imbuia. Vejam só que nome sugestivo. Imagino como seria esse bairro antes do homem botá-lo no chão. Vejam a foto do bosque, dá para se ter uma idéia...
Essa foto é da parte traseira, dos fundos do Bosque:

Lá no bairro tem um bosque, não muito grande, cercado e zelado pela Prefeitura, cuja ênfase está nas Imbuias, mas o que predomina são os pinheiros Araucária.
Para minha surpresa, numa das minhas andanças pelo bairro, descobri: um terreno com dois pés de Imbuia; um em cada frente ou um em cada rua. Vejam a foto.
Em tempos onde se fala muito na biodiversidade, bem que a Prefeitura de Curitiba podia usar um pouco mais marketing e plantar Imbuia por todo o bairro. Iria valorizar demais o local.
Quero aproveitar para parabenizar os moradores do Capão da Imbuia, pelas árvores que já foram plantadas ali e que hoje já possuem um porte avantajado. Mais uma prova de que a população não precisa ficar esperando pela vontade de alguém do poder público. Que outros sigam o exemplo. Parabéns !



Achei na web a foto de um tronco cortado, de uma árvore muito velha. O arquivo era pequeno e tentei melhorar o máximo que pude. Está na cidade de Brusque-SC. Deve ter cerca de 2m de diâmetro.
Essa outra tora de Imbuia é de 1974. Não é tão recente, mas também não tão velha.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Rolas ou rolinhas (ave silvestre)




Então, quando eu era pequenino lá em Jacarezinho.... e já fazem isso uns 40 anos... uma ave cobiçada, por nós, os meninos, era a rolinha. Era o estilingue, arapuca, laço... valia tudo para pegá-las. A intenção não era má, pois queríamos é saborear a carne dela.
Agora que já passou a fase, eu a deixo procriar na sacada da minha casa... Já foram várias vezes. Olha aí os dois filhotes sadios !! Veja também os ovos.

Mais "mini" orquídeas


Eu chamo de "mini" porque é usual. Para mim existem as orquídeas e suas espécies....
As miúdas são encantadoras... passam desapercebidas dos olhares menos atentos...
Não sei como tem gente que pode passar por uma orquídea e não ter reação....
Deve ser problema de alma...
Click na foto para vê-la com mais detalhes.

Luminosa.... uau !!!



Todo ano ela marca presença. Atualmente está liberando dois cachos de flor. Muito perfumada deixa qualquer um admirado pelo toque da mão de Deus !!!
Valeu Tania Sakaguti ! As pessoas que gostam de orquídeas são especiais.

Uma das mais admiradas


A Laelia Purpurata é muito admirada. Afinal ela é linda. Já está conosco há bastante tempo.

Orquídea Mini


Ela é minúscula.... o zoom ajuda a vê-la melhor.
Quem a conhecer pode ajudar a nominá-la.
atualizando em 18/11/09:
Blogger danilo disse...

o nome dela é oncidium raniferum

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Orquídea Miltonia Regnelli


Está aí a foto de mais uma orquídea, já comigo por pelo menos 10 anos. Tenho-a como "Miltonia Regnelli" porém a minha tem uma coloração mais forte nas pétalas e cépalas. Alguém pode confirmar o nome dela ?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

orquídea rara



Senhores orquidófilos, me ajudem.
Não lembro-me de onde consegui. Só vi uma vez numa exposição e o bobo aqui não anotou o nome dela.... Só consegui uma única florada em todos esses anos e foi depois que a tirei do vaso e coloquei nesse pedaço de cerne. Ela gostou, porém exige rega freqüente e assim saiu o segundo botão... A flor é de cor branca. Quando abrir eu coloco aqui.
20/fev/08 - Olhando algumas fotos na NET, percebi que ela se parece com a Brassavola, pelo tipo das "folhas".
Atualizando em 28/fev/08 - Segue foto dela.

orquídea mini


Estou postando alguns tipos de orquídea, para que os orquidófilos me ajudem a catalogá-las, já que não sei o nome. Alguns anos atrás procurei na net e não achei fotos delas.
A de hoje é uma pequena muito perfumada, com folhas que se parecem com uma gramínea. Encontrei no litoral do Paraná e por acaso. Entrei em um "banhado", próximo de um rio, para pegar uma (chuva de ouro = Oncidium) que estava no topo de uma árvore morta. Ali ela estava pegando muito sol e para ela só tinham duas alternativas: morrer queimada(?) ou cair na água junto do tronco velho e seco. Quando fui supreendido por esta belezinha.... vejam a foto e me ajudem.
atualizando em 18/11/09:
danilo disse... essa é a ornitophora radicans

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Árvores - Curitiba


Quem já leu meu perfil, sabe que resido em Curitiba. Não tenho orgulho por isso, pois o orgulho por esse tipo de coisa, não cabe em mim. Acho isso muito pobre. Jaime Lerner e sua equipe tem um grande crédito sobre Curitiba, pelo trabalho desempenhado desde 1970. A nova geração não conhece esse trabalho estrutural e critica o que não conhece. Aqui no Brasil, ela tem sido chamado de "Capital Ecológica". Creio que foi pelo pioneirismo na coleta seletiva do lixo. Há caminhões específicos para coleta de lixo reciclável e orgânico. Mas, existem outros motivos. O lado verde da cidade; ela tem muitos parques (mato e água), como também muitas árvores de vários tipos plantadas pelas ruas. Algumas nascentes de água, dentro da cidade, são preservadas, o que enche de orgulho essas famílias, onde estão localizadas. Até outro dia, não fui mais até o local, haviam opções de coleta de água para você consumir. Você podia (ou pode) ir com a vasilha, encher e consumir depois. É aqui que está a bacia do rio Iguaçu, que vai proporcionar a "foz do Iguaçu"... Ainda falta uma nova campanha educativa, talvez na escolas, pois a periferia ainda sofre com o "lixinho" jogado na rua. Em frente ao local onde trabalho, todo dia passa um gari com o seu carrinho, varrendo e ensacando o lixo. Isso é muito raro em outras cidades.
Algumas coisas chamam a atenção e eu destaco um pé de Goiaba; isso mesmo: uma goiabeira. Ela está plantada no Largo Baden Powell (escoteiros), entre Mariano Torres/Affonso Camargo/Sete Setembro/Tibagi. Há poucos dias a Prefeitura revitalizou o local, mas com todas as mudanças, as árvores foram mantidas (as principais) juntamente com a pequena Goiabeira. Parabéns ! Não sei se foram os técnicos da Prefeitura ou os "peões" da empreiteira. Vocês sabem, as vezes, nem tudo sai como está no papel.... Como saber ???? Em tempo: em frente ao pé de goiaba, no outro lado da Affonso, na esquina do posto de combustíveis, tem um pé de manga, que graças ao "aquecimento global" já produziu frutos pelo segundo ano consecutivo.... mas nem chegam a madurar e já são consumidas. Notem ao lado da goiabeira, um pé de Pâina(?), ou seja uma Pâineira(?) florida (flor rosa).
atualizado em fev/08 - pois é... cortaram a goiabeira... plantaram grama....

Travesseiro de Milho

Pois é, desde os tempos remotos no Egito onde se usavam travesseiros de pedra (isso mesmo, para não desmanchar o penteado das mulheres), a sociedade vem evoluindo também nesse produto.
Já vi travesseiros de muitos produtos: palha de milho, pluma de Paineira, pena de ganso e de galinha, pluma de ganso, capim, plantas aromáticas, e vai em frente... Látex, Viscoelástica (Nasa), Molas, etc.
Em 2007 recebemos, importado da Itália, um travesseiro "de milho".
Como no interior do Brasil, a palha de milho é muito usada, para vários fins, já imaginei que o tal travesseiro era feito da palha do milho, pois esta última é pura fibra.
Fui enganado pela tradição. A fibra do travesseiro que vem "enroladinha" é produzida a partir de uma pasta (tipo iogurte) da semente. Isso mesmo, do grão de milho.
É algo revolucionário.
Ele é totalmente natural ! A capa é de Percal (100% algodão).
Ele é biodegradável ! Se você, depois de usá-lo pelo tempo necessário, resolver jogá-lo na natureza, ele dissolve-se sem agredir em nada nossa natureza, pois ele veio dela !
É um tipo de travesseiro de toque macio, semelhante ao de pluma de ganso.
Querendo saber mais: http://www.newwind.com.br/index.asp

sábado, 5 de janeiro de 2008

coisas do campo







Tem alguns acontecimentos que você precisa estar presente para saber o que é. Quem tem contato com o "interior", com a área rural, sabe o que estou falando. Na cidade, se eu falar de "Curuira, Arapuá..." creio que vai ser muito difícil alguém saber do que se trata.
Aí estão quatro fotos especiais.
1. A de um ninho de Curuiras (ave muito pequena) feito dentro de uma chaleira de ferro (velha) que estava pendurada na parede de um rancho. Foi um acontecimento muito especial.
2. No nosso sítio tem uma colméia (de abelha) (rara, pelo menos para nossa região-sul Brasil), chamada de Arapuá. Ela é miúda e segundo já me falaram, está em extinção.
3. Já no lago, vivem os patinhos selvagens (creio que três tipos) além de garças que aparecem vez ou outra. Sempre que o tanque é limpo, fazemos questão de deixar árvores e vegetação própria para que sirva de abrigo à essas aves.
4. E para fechar vejam as Hortências ao lado da estrada, que lindo !!! É só plantar que a natureza faz tudo o mais!!!

Carne de Carneiro



A carne de ovino mais apreciada, tem sido a de Cordeiro, pois ela é mais tenra, principalmente para assar o pernil(traseiro) no forno fechado, ou até a palheta(dianteiro). O borrêgo oferece, também, uma ótima carne. Para quem não sabe, esses nomes definem a idade do animal macho, já que a fêmea dificilmente é abatida, uma vez que os sexos aqui tem função diferente. O macho é criado para o abate e a fêmea para reprodução.
Já ouvi muita coisa sobre a carne ter cheiro forte. Você vai à uma churrascaria e lá vem o carneiro... ôpa! Quando vc aproxima a carne da boca, o nariz dá o alarme: não! Está cheirando mal! Já aconteceu com você?
Já deram dica, por exemplo, de não deixar a lâ encostar na carne após aberto o animal e mais algumas outras que não me lembro, agora.
E talvez você já deve ter ouvido sobre a carne do carneiro ser doce. Pois eu nunca entendi isso. Falam sobre deixar a carne de molho, etc. Vamos achar muitos modos diferentes de se preparar uma carne de carneiro, mas a experiência diz que o melhor e mais prático é o nosso velho conhecido: Sal grosso.
Ainda essa semana, assistia ao Richard (Selvagem ao Extremo) na Patagônia (Argentina). Ele teve a felicidade de achar um "gaúchos" que o receberam com muita hospitalidade e advinhem o que eles prepararam? Um carneiro inteiro, que pelas imagens parecia um cordeiro. Dividido em duas partes, cortado pelo dorso, espetado e fincado no chão, com o fogo de madeira ao lado da face de dentro da carne. É aquela forma característica dos povos do sul (Rio Grande, Uruguai e Argentina) tem de assar a carne.
Qual o tempero ? Somente sal grosso.
Existe um detalhe interessante que muitos desconhecem. No quadril do carneiro, existe uma glândula sebácea, que deve ser retirada logo após o animal ter sido abatido. Não quero dizer com isso que sei tudo a respeito, mas isso é um indicativo importante. Porém, acho que mais fundamental nesse negócio de cheiro da carne (e realmente ele corta qualquer vontade em se comê-la), está relacionado com o trato com o filhote até os 30 dias de vida, tão logo "descem" os testículos na bolsa escrotal do animal.
Deve ser colocado o anel de borracha, mantendo os dois testículos presos abaixo. Com a circulação sanguínea cortada, eles "caem", com poucas chances de infecção. É praticamente indolor e causa somente um mal estar no animal. É o mesmo processo que se faz com o rabo, a chamada "descola".
O raciocínio dos testículos tem a ver com hormônios, o que para mim é algo bastante forte na estrutura de um animal e que o afeta em todos os sentidos.
Segue aí duas fotos de uma carcaça já limpa em dois tipos de carne do Texel. Notem a diferença. Quem conhece um carneiro comum, ele tem pouquíssima carne ali sobre as costelas.

Coqueiro e sua florada

No post anterior eu mencionei algumas coisas sobre o Coqueiro; sua postura, sua elegância.... Pois olha como a vida é bela: ao retornar à minha casa, no final do dia (aqui no Brasil estamos em horário de verão), lá pelas 19:30hs, eu vejo ao longe um cacho de flores de um Coqueiro.
Fiquei impressionado!
Distante umas duas quadras, lá estava ele, vistoso sobre os tetos das casas. Eu não poderia perder essa e aí está a fato do belo !!! (Ainda que tenha sofrido a intervenção humana, pois cortaram-lhe as folhas inferiores. Pela planta abaixo, vc percebe que a foto pegou a partir de uns 3 metros).

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Coqueiro / Palmeira


Vindo ao trabalho, hoje pela manhã, passo por uma rua onde foram plantados Coqueiros. É uma rua muito movimentada, onde eles crescem de forma corajosa, enfrentando a presença constante de CO2. Olhando um dos pés, lembrei-me dos coqueiros lá no nosso sítio. Lá, suas folhas já alimentaram as ovelhas em inverno seco e rigoroso. Fixei o olhar bem no caule grosso da parte inferior e veio uma meditação de quão especial é essa palmeira, que por produzir côcos, chama-se Coqueiro. Para aqueles que crêem em Deus, podem ampliar isso, mas olhando humanamente (se é possível, só isso) veja o que envolve sua formação: Primeiro vem o caule, que engrossa a medida que cresce, todo fibroso, sem um único galho. Segundo as folhas que formam uma espécie de ninho de onde brotam as novas, que substituirão aquelas que estão mais abaixo. Isso de forma retilínea, ele vai para o alto vai em busca das estrelas... (raramente ele curva ou tomba, devendo-se ao terreno onde está). Você já viu o cacho de flores que sai na lateral desse ninho ? É lindo !!! E como se divertem os pássaros, com os frutos desse cacho, especialmente os papagaios. Você já viu um coqueiro se vergar diante de uma tempestade ? Ele fica em pé! Valente, corajoso ! Ao sabor do vento sua folhas, todas elas, movimentam-se com especial leveza, muitas vezes acariciadas com a água da chuva. E elas devem apreciar isso, pois não ficam machucadas; elas continuam com o mesmo brilho e verdor. Já vi muito encanamento de água feito com o caule de palmeira! Existem várias espécies; no nosso sítio tem aquele de frutos pequenos. Os grandes são os mais conhecidos; mas eu lembro de um tipo que produz um fruto médio, onde dentro tem uma castanha, quase igual a de avelã. Nesses tempos de desmatamento, será que ainda existe ??? E deve ter muito mais por esse mundo afora.....

Texel


Com a chegada da Internet, as portas do mundo abriram-se. Quem não teve a oportunidade de viajar para terras longínquas, d'além do oceano, "vê com os olhos e lambe com a testa", no ditado mineiro, na tela do monitor. Eu só tenho a agradecer à Deus, pela internet. O material disponível é imenso e deve ficar mais fácil ainda. Assim foi com o Texel; descobri essa raça e também (bem atrasado eu....) descobri um criador na região de São Luis do Purunã, indo de Curitiba para Ponta Grossa. Ele já estava criando cordeiros em confinamento. Pronto: comprei um macho para usar nas ovelhas Suffolk e Ile de France que já tínhamos. Animal de porte expressivo, prometia muito mais carne nos filhotes, não fosse um detalhe. Não tínhamos tido um sequer, caso de ataque por cães ali na nossa propriedade. Mas, o nosso funcionário, não é que arrumou uma cadela Doberman ! Quando ela entrou no cio, atraiu dois grandes cães de uma propriedade vizinha, que soltava os 'bichos' durante a noite. Não preciso contar mais nada. Foi o fim. Ali interrompemos a experiência.

Sulfok - Texel - Dorper, etc.


Já criei a raça Suffolk. Tínhamos numa primeira etapa, algumas fêmeas cedidas por um programa no governo estadual (na época R. Requião), nos anos '80 e '90. Era uma época muito "primitiva". Ainda não tínhamos a internet, por exemplo.... Alguns cursos foram oferecidos pelo esforçado pessoal da Acarpa, hoje Emater. Lembro do Eliseu, técnico da Acarpa.... Ainda tinha criador, principalmente lá no sul, que fazia o corte do rabo com facão e passava spray logo em seguida... uma "barbaridade"... Mas, creio que o sul contribuiu muito, pois eles tem muito mais experiência. Nos anos '80 eles já tinham exposição específica de ovinos... Possuem empresas que beneficiam a lâ (os curtumes), como já tem pioneiros na tecnologia de transferência de embriões. Há ( http://www.cabanhadedoverde.com.br/ ) exemplos muito interessantes. Nessa propriedade (Dedo Verde), o pessoal está incentivando a formação de embriões pela indução via hormônio. Chegam a tirar 10 embriões de uma ovelha escolhida "a dedo". Em laboratório, dividem e escolhem os melhores; parece-me que conseguem cerca de 15 embriões de uma única vez. Em seguida, inserem esses embriões em fêmeas da raça Lacaune Lait, que produzem bastante leite, dando ao filhote a garantia certa de alimento. Não sei se há, no Brasil, mais gente com essa tecnologia, mas sem dúvida, está de parabéns o pessoal da "Dedo Verde".

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Trabalho na produção rural

O Brasil caminha a passos lentos, no seu desenvolvimento da produção no campo. Ouvimos falar basicamente sobre produção de soja, aves, bovinos e suínos. Essa produção, a meu ver, está associada ao grande produtor, o que aliena o pequeno, obrigando-o a "vender" o seu pedaço de terra, e a um êxodo em que ele vai ajudar a "inchar" as grande cidades, oferecendo ali a sua mão-de-obra como prestador de serviço e não mais como produtor de bens de consumo. Ali ele vai viver com saudades do campo. Assim é comigo. Suspiros....
O mundo caminha para uma carência de alimento; nosso governo brasileiro tem sido uma lástima. Um verdadeiro des-governo, histórico. Não é só agora na época do L.I.Lula da Silva (2002 a 2010); agora é continuísmo, com uma inexpressão sem igual. Não temos infra-estrutura para armazenar e para escoar a produção. Não há qualquer planejamento para 1, 3, 5, 10, 20 ou 30 anos. Nada..... Quem está disposto ? Quem tem feito algo nessa direção ??? Quem sabe de algo ??? Compartilhe conosco!